quarta-feira, 5 de maio de 2010

Resultados dos inquéritos realizados


Na sequência da realização do nosso projecto, achamos por bem avaliar o estado do conhecimento da população alvo do nosso projecto. Apresentamos a seguir os resultados em formato gráfico da análise desses inquéritos.

(P.S. os dados estão distribuidos segundo idade e sexo)

1.Conhece o conceito manipulação genética?


2.Concorda com a manipulação genética?





3.Quais dos seguintes tipos de manipulação genética conhece?


4.Concorda com o uso de alimentos transgénicos na alimentação?





5.Deverá a lei proibir a manipulação genética?



6.Considera legitimo o sacrifício animal em prol de investigações científicas?





7.Manipulação genética será útil?


8.Considera que os alimentos transgénicos são/deverão ser mais nutritivos?




9.Acredita que a manipulação genética esta mais perto do que pensamos?



10.Será que a manipulação genética será aceite pelas massas religiosas?




11.Quais dos seguintes alimentos tinha conhecimento de que são transgénicos?


12. Acha-se capaz de consumir certos alimentos transgénicos?

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Os alimentos transgénicos e a qualidade de vida

Devido a alteração do código genético, com a inserção de características de outras espécies vamos formar novas proteínas e algumas dessas novas proteínas podem causar reacções alérgicas ou então formar substâncias tóxicas não identificadas nos testes realizados. A inserção de esses novos genes em determinados locais do genoma pode também activar oncogenes que vão ser responsáveis pelo aparecimento de cancros e tumores. Outra causa é que através das técnicas de Engenharia Genética podemos criar novas proteínas alérgicas que ainda não existam nesse tipo de alimentos e as pessoas ao consumir podem ficar gravemente doentes se a alergia for muito forte. Com a ingestão destes alimentos as pessoas vão fazer com que haja transferência dos genes marcadores resistentes a determinados antibióticos para as bactérias do nosso organismo, e aí as bactérias vão tornar-se imunes aos antibióticos e caso estejam a fazer um tratamento, este não vai resultar porque as bactérias do nosso corpo vão ser resistentes a estes e vai haver agravamento das doenças infecciosas. As proteínas formadas nos alimentos transgénicos podem ter acção anti-nutricional ou por outro lado causar alteração no valor nutricional do alimento. A soja transgénica alimenta uma criação de gado, e estes comem o agro tóxico produzido juntamente com o alimento e posteriormente a carne deste gado vem parar à nossa mesa e assim a população vai ficar contaminada com o agro tóxico. As batatas transgénicas ao serem testadas em ratinhos foi determinado, que estas deixavam os ratinhos com problemas no sistema imunológico, deixando os fracos e com maior probabilidade de adoecer.
Mesmo os cientistas depois de tantos anos de investigação ainda não conseguiram provar que os alimentos transgénicos são seguros para o ser humano, por isto eles ainda continuam a investigar até arranjarem uma resposta para que possam deixar o consumidor sem dúvidas em relação ao consumo de alimentos transgénicos.

Desvantagens dos alimentos transgénicos

  • Desvantagens dos alimentos transgénicos:


Poucos laboratórios têm os dispendiosos equipamentos e reagentes necessários à obtenção de transgénicos, e também os pesquisadores capazes de manipula-los com toda a segurança requerida pela Lei da Biossegurança, fiscalizada pala Comissão Nacional Técnica de Biossegurança (CTNBio);
Devido a só algumas empresas terem meios para arcar com os valores monetários necessários para lançar os novos produtos transgénicos, muitas vezes até se podem produzir mas depois não os podem lançar devido aos custos;
A manipulação desses alimentos é muito recente e podem surgir inconvenientes no futuro;
Existe com a produção cada vez maior de alimentos transgénicos, também há um aumento das reacções alérgicas;
As plantas que não foram geneticamente alteradas são facilmente eliminadas pela selecção natural, devido a estas não serem resistentes a pragas e pesticidas;
Com o cultivo de plantações de alimentos transgénicos até se podem eliminar as pragas prejudiciais, mas vamos também eliminar populações benéficas como as abelhas, minhocas e outros animais e espécies de plantas;
O lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente o que pode causar resultados inesperados uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afectados;
A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo, pois a invasão de pestes, doenças, e ervas daninhas sempre é maior em áreas que plantam o mesmo tipo de cultivo. Quanto maior for a variedade no sistema da agricultura, mais este sistema estará adaptado a enfrentar pestes e doenças;

Vantagens dos alimentos transgénicos

  • Vantagens dos alimentos transgénicos:
    Toda a variabilidade genética fica à disposição do Homem, assim não haverá exaustão dessa variabilidade para o melhoramento de plantas e animais;
    Na elaboração do “protótipo” podemos utilizar um gene e um promotor para que possam funcionar de maneira programada no tecido ou no órgão, com a intensidade e no tempo do desenvolvimento do organismo escolhido.
    Podemos usar os promotores para super activarem o gene, com o aumento ou redução da temperatura ou luminosidade ambiente;
    Desenvolvimento de alimentos transgénicos com fins terapêuticos;
    Com um maior aumento das defesas genéticas das plantas transgénicas, vai haver uma efectiva redução no uso de agro-tóxicos e dos custos de produção, levando assim a um aumento da produção;
    Maior resistência e durabilidade na estocagem e armazenamento;
    Os alimentos transgénicos podem ter uma função de prevenir, reduzir ou evitar riscos de doenças, através de plantas geneticamente modificadas para produzir vacinas, ou iogurtes fermentados com microrganismos geneticamente modificados que estimulem o sistema imunológico;
    Aumento da produtividade agrícola através do desenvolvimento de lavouras mais produtivas e menos onerosas, cuja produção agrida menos o meio ambiente.

Legislação dos alimentos transgénicos

Legislação dos alimentos transgénicos

A liberação comercial dos alimentos transgénicos é cada vez mais polémica, pois não se trata de uma opção gastronómica ou nutricional. Mesmo que os alimentos transgénicos não trouxessem problemas para a saúde, ainda existem os aspectos éticos e ambientais que podem influenciar a decisão do consumidor. Sendo assim cada vez que a discussão dos transgénicos se intensifica mais aumenta tendência de distinguir pela rotulagem alimentos transgénicos e dos alimentos biológicos.
Pois os alimentos que contenham ingredientes geneticamente modificados acima dos níveis impostos por lei, que é cerca de 1%, devem ser rotulados para assim o consumidor estar informado de que aquele produto é transgénico.

A segurança e avaliação dos alimentos transgénicos

A segurança e avaliação dos alimentos transgénicos

A avaliação da segurança dos alimentos transgénicos baseia-se no principio de equivalência, isto é, os produtos devem apresentar inocuidade, características nutricionais idênticas ao alimento convencional e ausência de efeitos indesejáveis, para assim poderem ser aprovados para consumo.
Avalia-se o potencial alérgico da nova proteína expressa, a termo estabilidade, a digestibilidade na meio gástrico e intestinal, análises bioquímicas de sequências de aminoácidos, toxicidade expressa pela nova proteína, efeitos secundários da inserção do gene, risco de mutagenese, activação de genes silenciosos ou pouco expressos provocando biossíntese de metabólicos tóxicos.
A avaliação é feita caso a caso e também são avaliados os pareceres técnicos emitidos pelos órgãos governamentais de outros países onde o mesmo produto já tenha sido autorizado para consumo.

Aplicações dos alimentos transgénicos

Aplicações dos alimentos transgénicos

Uma das principais aplicações dos alimentos transgénicos é a sua utilização em investigação científica.
O primeiro caso público da utilização da bactéria E. coli, que foi modificada de modo a produzir insulina humana, este caso ocorreu nos finais dos anos 70. Em 2007 um grupo de cientistas desenvolveu um tipo de mosquitos chamados “ mosquitos bobucha ” que resistem ao parasita da malária, isto deve-se a haver a inserção de um gene que previne a infecção destes insectos pelo parasita portador da doença.
No caso das plantas, por exemplo, espécies com reduzido ciclo de vida podem ser utilizados como “hospedeiras” para a inserção de um gene de uma planta com um ciclo de vida mais longo. Sendo assim estas plantas transgénicas poderão ser estudadas e analisadas num espaço de tempo muito mais curto, através deste estudo vamos conseguir estudar a função do gene de interesse.