quarta-feira, 17 de março de 2010



Evolução histórica da clonagem em animais


1958 – Briggs e King – transplantaram para ovócitos anucleados
núcleos de embriões. Esta técnica foi mal sucedida;

1970 – Briggs e King – transplantaram para ovócitos anucleados núcleos de embriões e verificaram que davam larvas normais;

1985 – Porcos transgénicos com hormonas de crescimento;

1981 – Primeira clonagem anunciada com ratos. Revelou-se uma fraude;

1997 – Nascimento da ovelha Dolly;


1998 – Wakayama clonagem de um rato e clones de clones de clones (50);

2000 – Clonagem de um touro (bezerro 86 Squared) com capacidade de resistência a infecções; porca clonada no Japão (Xena);

2001 – Tetra – Primeira primata a ser clonada;

2002 – Clonagem da primeira gata de estimação Genetic Savings and Clone.



Ovelha Dolly



Desde os anos trinta que têm vindo a ser realizadas experiências com o objectivo de obter animais geneticamente idênticos.
No ano de 1993, Jerry Hall e Robert Stilmann, investigadores na universidade de George Washington, divulgaram conclusões relativas a experiências realizadas em embriões humanos. Estas experiências vieram a desencadear várias questões éticas.
Três anos mais tarde, foi publicada a notícia do nascimento da ovelha Dolly, criada pelo cientista Ian Wilmut juntamente com os seus colaboradores. Esta notícia veio abalar a opinião pública e gerou grande controvérsia, pois foi a primeira ovelha a ser clonada a partir de um indivíduo adulto.
Este facto abriu as portas á realização de um processo que até à data era impossível de se concretizar.




Riscos da manipulação genética em animais


Segundo alguns cientistas, a manipulação do genoma de animais com o objectivo de adquirir indivíduos com certas características apresenta sérios riscos para a saúde humana.

Os riscos mais polémicos são os seguintes:
-Desconhecimento de consequências a longo prazo da introdução de OGM em ambientes abertos;

-Reacções alérgicas provocadas pelo consumo de carne, leite e/ ovos provenientes de organismos geneticamente modificados;

-Redução da biodiversidade devido à aplicação de técnicas de melhoria e selecção de animais. Muitas vezes, o Homem privilegia determinadas características que não são as seleccionadas pela natureza (selecção natural). Este facto coloca em causa a sobrevivência dos indivíduos.

Contributos/aplicações da manipulação genética em animais

Os animais transgénicos são, actualmente um dos avanços mais destacáveis da Engenharia Genética. A manipulação cada vez mais frequente e bem sucedida deve-se a um longo período de descobertas na área da genética, durante o qual foram sendo aplicadas técnicas sucessivamente mais eficazes. A aplicação destas técnicas em várias áreas e com vários objectivos tem permitido a melhoria da qualidade de vida humana.
De entre os contributos/aplicações das técnicas de manipulação genética em animais, destacam-se os seguintes:

-Clonagem de gado mais produtivo, por exemplo, vacas que produzem mais leite e com melhor qualidade, gado com mais carne e ovelhas que produzem mais lã. Obtém-se, assim, um maior crescimento com menor consumo de energia;

-Conservação de espécies em vias de extinção através do armazenamento de sémen congelado ou de embriões. É importante salientar que este processo é muito complicado e dispendioso e não garante o futuro de todas as espécies que se pretende conservar.

-Clonagem de animais extintos (um tema que será abordado com maior pormenor adiante);

-Realização do xenotransplante, ou seja, o polémico transplante de órgãos de animais para o ser humano. Actualmente está a ser testado o transplante de corações de porcos imuno -compatíveis com o ser humano para macacos. É necessário ter presente a grande probabilidade da transmissão de seres patogénicos para o ser humano;

-Produção de fármacos (insulina, hormona de crescimento e factor de coagulação), que podem ser obtidos do leite de vacas, cabras e/ou ovelhas transgénicas.

-Aumenta em quantidade e variedade animais modificados com características pretendidas, o que possibilitará a obtenção de melhores indivíduos para testar tratamentos de doenças humanas;

-Ajuda no entendimento nos mecanismos de proliferação e diferenciação celulares;

-Produção de proteínas com interesse terapêutico e industrial:

-Redução do número de animais utilizados em experiências laboratoriais;

-Possibilidade da utilização de animais menores geneticamente modificados em substituição de espécies geneticamente mais próximas do Homem.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Métodos de Transformação

Métodos de Transformação

A transformação genética em vegetais só foi possível a partir do desenvolvimento das técnicas de cultura de tecido vegetais. Essas técnicas possibilitam a obtenção de uma planta a partir de uma única célula vegetal.

Os métodos de transformação de plantas podem ser divididos em:


  • Indirectos (através do uso da Agrobacterium tumefaciens

  • Directos (através do uso do Bombardeamento e Electroporação de Protoplastos e Células Vegetais



Figura 1. Bombardeamento de particulas de DNA
























































Características Modificadas


As características modificadas através da transformação genética podem ser divididas em:
· Característica do tipo input
· Característica do tipo output

Características do tipo input, são aquelas relacionadas com o processo produtivo. Esse tipo de característica visa principalmente a redução do custo de produção e abrangem por exemplo plantas transgénicas com resistência a herbicida, doenças e insectos.

Características do tipo output, são aquelas relacionadas com o consumidor, visando principalmente agregar valor ao produto final, através da melhoria nutricional ou melhor conservação pós-colheita.

Prós e Contras das Plantas Transgénicas

Directamente relacionadas com a polémica mundial, relativa a produção e consumo de plantas transgénicas, estão as vantagens e desvantagens das mesmas, e que tem funcionado como poderosos objectos de refutação de opiniões.

Vantagens

· Possibilidade da utilização de genes que não poderiam ser obtidos pela hibridação

· Possibilidade de introdução de um gene específico sem a necessidade de cruzamentos e retro cruzamentos

· Possibilidade de diminuição do número de gerações e tempo necessário para o desenvolvimento de um novo cultivo


· O produtor pode ser beneficiado com o uso de plantas transgénicas principalmente pela diminuição do custo de produção e do uso de agro tóxicos

· Resistência a insectos e pragas e doenças, o que leva a menores aplicações de herbicidas

· Melhoria da qualidade dos alimentos

· Colheitas mais abundantes

· Tolerância a pressões bióticas e abióticas, que com o desenvolvimento de plantações que possuam essa resistência inata ao stress biótico ou abiótico ajudariam a estabilizar a produção anual

· Uso de terras marginalizadas, visto que grandes áreas de terra em todo o mundo, seja nas costas, seja nas áreas internas, têm sido marginalizadas por causa de salinidade e alcalinidade excessivas

· Produção de vacinas, anticorpos, proteínas e produtos farmacêuticos derivados de plantas transgénicas são de mais fácil acesso produção e baixo custo


Desvantagens

· As técnicas de transformação genéticas só têm a capacidade de introduzir um ou pouco genes

· Alteração na expressão de outros genes da planta

· Limitada capacidade de regeneração das espécies

· Elevação do custo das sementes

· Aparecimento muito rápido de indivíduos resistentes a insectos e pragas

· Aparecimento de alergias em pessoas susceptíveis

· Aumento da população de pragas e micro organismos resistentes e/ou patogénicos

· Aumento ou promoção de plantas daninhas resistentes a herbicidas


· Contaminação de variedades crioulas mantidas pelos agricultores

· Contaminação de produtos naturais como o mel

· Diminuição da diversidade em cultivo

· Aumento da vulnerabilidade genética

· Dependência dos agricultores a poucas empresas produtoras de sementes

· Produtividade e incerteza dos preços dos produtos transgénicos

· Potencialização dos efeitos de substâncias tóxicas, visto que muitas plantas possuem substâncias tóxicas naturais para se defenderem e quando são manipulados geneticamente, os níveis dessas toxinas podem aumentar